sábado, 18 de setembro de 2010

Marcadores Tumorais

Setembro 2010
Já faz quase um ano que não recorro ao meu blog. Preciso encontrar-me de novo.
Estou sempre rodeada de pessoas, mas preciso estar aqui um pouco sozinha, escrever o que me apetece, deitar cá para fora sem ter que ouvir opiniões, sem ter que ouvir as mesmas palavras de coragem, sei que são sinceras, mas infelizmente não alteram nada.
Por isso mais vale não lhes contar o que me vai na alma, assim ningém fica preocupado e eu posso expulsar o que sinto sem ter medo de dizer as palavras.
Fiz novas analises e os marcadores tumorais voltaram a subir, bem sei que há uns meses atrás subiram e desceram, e que agora vai acontecer o mesmo, pois já estou a ser seguida pelo meu grande amigo e médico Dr. Nuno Oliveira - Homeopata. No entanto o choque da noticia é sempre o mesmo, não saber o que vai acontecer provoca sempre o mesmo arrepio e mau estar, é inevitável.
Já tenho a carta para marcar a operação, mas, e se na dita extracção do útero o meu coração decide deixar de bater, e se já não acordar depois da anestesia??? Tenho tanto medo que o meu corpo esteja cansado... Psicologicamente aguento tudo e se o meu corpo não reagir da mesma forma.
Cada vez estou mais cansada, mais esquecida...
Quero tanto encontrar a Paz, será que a Paz que procuro não é a terrestre? Até nisso penso quando sei que vou ser obrigada a fechar os olhos na anestesia, pois posso não querer voltar.
Ainda por cima e o mais estranho é que já não tenho assim tantos sonhos, tudo o que quero vou tendo(a minha familia unida, em paz e com saúde, amigos maravilhosos, um emprego stressante mas que gosto e estou sempre apaixonada) o que é que posso querer mais?
Ok, faltava para ser perfeito um filho, mas também já o tive, já senti e ouvi um coraçãozinho bater dentro de mim, por pouco tempo mas foram as dez semanas mais estranhas da minha vida, falava com o meu filho para me despedir e pedir desculpa... um dia vamo-nos cruzar...

Já Amei com tanta intensidade e guardo com tanto carinho os meus amores.
O grande Amor da minha vida é o meu melhor amigo.
Já me diverti como se o mundo fosse acabar.

Agora falta encontrar o meu rumo, gostava de ajudar as pessoas, gostava que o Mundo fosse melhor, que não houvesse gente mesquinha, gostava principalmente de fazer com que as pessoas que me rodeiam encontrassem a Paz, gostava de fazer com que cada uma parasse e olhasse para o pouco tempo que tem e em vez de andarem como baratas tontas a pensar em futilidades, sorrissem, abraçassem quem lhes apetecesse, que dessem as mãos para conseguirem sentir a força do universo.
Se tudo correr bem e como eu desejo ainda este ano vou tirar um curso na area da psicologia, (ora cá está um sonho). Um dia ainda vou estar sentada a ouvir alguém falar e saber exactamente como agir para dar conforto, confiança e sentir que realmente o meu trabalho valeu a pena.

Assim econtrei mais um objectivo para lutar e quando me derem a anestesia para alem de me lembrar dos olhos doces da minha mamã, da voz do meu papi, do carinho da minha irmã, sei que ainda tenho algumas coisas para fazer :)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A espera...


Já não venho aqui há algum tempo, provavelmente porque me quero esquecer que vou saber o resultado dos exames no fim desta semana e confesso que tenho medo.
Na Segunda feira fui ao Hospital S.F.X. fazer analises e como no laboratório já ninguém me consegue picar, tive que ir há sala de quimioterapia. Fiquei lá o tempo suficiente para agradecer ao Universo a vida maravilhosa que tenho tido.
Aquele cheiro é unico, o rosto das pessoas em tratamento mesmo com sorrisos é de puro sofrimento. Dei por mim a analisar cada uma, uns com ar lutador outros sonhadores e outros cansados...
Tenho Medo...
No meu dia-a-dia, sinto que tenho força para enfrentar o Mundo, mas há noite, no escuro e em silencio, aparecem as duvidas, aparecem as sombras e as lembranças, aparecem os panicos.
Luto para me controlar, tento fazer uma auto-analise, tento perceber porquê aqueles ataques e respiro fundo. Peço sempre protecção ao meu anjo da guarda e falo alto, para conseguir expulsar aqueles medos. Normalmente e se estou sozinha acabo por adormecer de cansaço ou de tanto chorar, se estou acompanhada peço ajuda, converso e controlo-me para não assustar ninguém o que faz com que eu também relaxe.
Tenho muita sorte e sinto-me muito feliz por ter sempre ao meu lado os melhores amigos, a minha familia e o meu namorado, que me conhecem e conseguem ajudar a ultrapassar os momentos menos bons.
Hoje apetece-me gritar ao Universo que O AMO, espero que seja um pouco do Amor incondicional...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mioma

Ca estou eu, triste claro.
Estou internada desde dia 15 de Setembro, sem saber muito bem o que tenho.
Na terça demanha fui trabalhar com dores mestruais muito fortes, mas 2 trifenes 200 iriam resolver o problema. Qual não é o meu espanto que afinal e ainda no periodo da manha estava dentro de uma ambulancia do INEM a ir para a M.A.C., nunca tinha tido dores tão fortes, vomitei, etc....
Passadas muitas horas de desespero no corredor da M.A.C. e depois de ter sido transferida para o S.F.X tambem para o corredor :) e depois de me terem já feito 2 ecos endo-vaginais, colhido sangue, foi me dito que não se sabia muito bem o que se passava, visto estar com uma infecção dificil de identificar, mais um mioma de 4x3cm e o utero muito dilatado... passei de escalão e fui para uma sala (ainda nas urgencias) mas de observações e la passei a noite, completamente drogada.
Na Quarta vim para um quarto no piso de ginecologia e ainda ca estou.
Hoje Domingo, pelas 23h tive então uma visita médica que muito me alegrou, pois deu para colocar duvidas e ser esclarecida.
Tenho que esperar pelos resultados das analises de amanha e da ressonancia magnetica, só depois sei se terei que ser operada ou não.

As duvidas ainda são muitas, os medos ainda mais.
Afinal cá estou eu outravez no mesmo hospital, no mesmo mês que me acontecem sempre as grandes desgraças e com algumas das mesmas duvidas.
As vezes perco as forças, por segundos talvez, mas é mais forte do que eu, por mais que queira lutar, por mais que saiba que tenho tudo la fora a minha espera, perco forças.

É dificil manter um sorriso quando a minha mãe vai embora, quando me apetece chorar e pedir colo, é dificil quando os meus melhores amigos ca veem e depois se fecha a porta do elevador (que vazio), é dificil quando o meu namorado esta a brincar comigo e eu tenho que sorrir, quando só me apetece fugir e chorar...
Sempre protegi a minha familia e agora para alem deles tambem vou proteger o meu amor, para quê faze-los chorar, quando não me podem ajudar?...
Acho até que esta é melhor ajuda, pois fazem com que eu lute, que eu fique mais fria em relação as minhas doenças.
Se fossemos todos maricas era um problema :) assim sou so eu, mas muito poucos o sabem.

Não é justo os meus pais sofrerem tanto, não é justo eu ter uma cruz tão pesada. Queria tanto perceber porque.
Sei que tem a ver com as minhas vidas passadas, mas também sei que sou uma pessoa melhor e que vou melhorando com o passar do tempo. Não me revolto, só fico triste.
Tento combater os meus medos, ao contrario da ultima vez que tive doente já não tenho medo de morrer, aceito a morte com muita naturalidade, só tenho medo da dor, não quero ter dores e não quero provocar dores.

Não sei quanto tempo me resta, mas sei que ainda me falta realizar alguns sonhos, e também sei que se o Ricardo apareceu agora na minha vida, vou realiza-los. Pois um deles era encontrar alguem que me completasse e com quem eu podesse fazer a minha viagem com paragem em todos as estações e apiadeiros...

Depois de respirar fundo agradeço ao Universo por me ter dado a familia que deu e os amigos que tenho.
Agradeço muito por ter conhecido uma pessoa muito especial que me conhece como ninguem; a minha luz, um dos meus anjos da guarda, a minha amiga Geninha,- tiveste presente nos meus piores momentos, sei que houve alturas que se nao tivesse pegado no telefone e nao te dissesse o que estava a sentir teria desmaiado, teria perdido os sentidos, fizeste me respirar minha amiga. Deste-me vida.
Já é muito tarde e amanha os exames são decisivos para sair daqui.
Vai correr tudo bem ;).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um bocadinho de mim




Em Primeiro lugar devo explicar que foi esta musica que me acompanhou todos as noites durante meses e foi com ela que ganhei forças para lutar pelos meus sonhos.
Ora não faz muito sentido ter um blog e não escrever aqui nada.Pois bem hoje é o dia.
Primeiro devo apresentar-me, sou a Sandra, tenho 33 anos e sinto-me perdida.
Escolhi o dia de hoje porque estou triste, alias, se bem me conheço, o meu blog terá as minhas visitas mais frequentes quando me encontro neste estado, pois é quando me tento encontrar e perceber os porquês, é quando procuro as respostas, é quando me procuro...As vezes dizem que sou diferente e eu também sinto o mesmo. Tenho um passado pesado talvez.
 Posso dizer que tive uma infância feliz, na presença da minha irmã, mãe, pai e avó; sempre fomos uma família muito unida, devemos isso a D. Antónia, a minha guerreira, a super mulher.A adolescência foi normal, na escola pertencia ao grupo dos "somos o máximo" :), aos 16 anos conheci o Pedro, namoramos 5 anos, foi com ele que aprendi a amar.
Quando tudo aos 19 anos corria na normalidade, fiquei doente - doença de Hodkin - (cancro no sistema linfático), começaram então os meus medos e os momentos de angústia. Quimioterapia de 15 em 15 dias durante um ano, radioterapia durante um mês seguido... lá se foram os caracóis lindos e ficaram  os pesadelos, a revolta, as incertezas, a vergonha... Porque a mim???  Todos os dias achava que ia acordar e afinal estava tudo bem, mas apercebi-me que aquela era a minha vida e afinal até tinha sorte pois os tratamentos estavam a correr bem, nunca fiquei internada, tinha a minha família e o Pedro sempre ao meu lado, afinal era feliz, um bocadinho verde e careca, mas feliz.
Aos 21 anos, já cheia de forças armei-me em revoltada e troquei o meu namorado que era o meu melhor amigo, por alguém que os meus pais não gostavam, por uma pessoa cheia de vícios, cheio de dividas, enfim, alguém que nem sequer amei, as vezes penso que me castiguei, por ter ficado doente, por ter traído o Pedro, achava que não merecia ser feliz, que o mundo era cinzento...
Felizmente e porque nada acontece por acaso, tive que arranjar 2 trabalhos para pagar as dividas contraídas por esse tal Sr. e foi na Tv cabo que conheci o Eds, voltei então a acreditar que afinal ainda havia tanta coisa azul para ver. O nosso relacionamento durou pouco tempo, mas o suficiente para viver uma grande paixão, irei recordar sempre com muito carinho as noites loucas de sexo em residênciais de 2ª, a viagem a Espanha, a primeira concentração de motas. Foi através dele que  conheci os meus grandes amigos e o amor da minha vida.
25 anos e era uma princesa, tinha uma vida linda, rodeada de amigos, um namorado fantástico, aprendi tanta coisa...
 25 anos...
22 de Agosto de 2001... Conheci também o outro lado da vida... fiquei sem chão, afinal era mesmo uma pessoa muito especial, pois até a doença que me foi diagnosticada era rara e em Portugal única. A menina bonita de 25 anos foi ao hospital pois nesse mesmo dia acordou inchada e com um cansaço inexplicável e saiu dos hospitais passado 4 meses com um coração novo. SARCOMA NO VENTRICULO DIREITO, isto não é mais que um tipo de cancro maligno. 
Parou tudo... vou então começar outra história.
 No dia 22 de Agosto de 2001 fui com o meu namorado, ao hospital por estar realmente muito inchada e cansada, quase não conseguia subir escadas e sair do carro. Entramos no S.F.X. as 11 da manha e as 22h ele saiu de lá directamente para o Porto Alto, para dar a noticia aos meus pais que eu tinha ficado nos cuidados intensivos, que tinha uma massa no coração e que estava em observações.  O MUNDO PAROU!
Passados 5 dias fiz a primeira intervenção cirúrgica e retiraram a tal massa para análise, passado 2 semanas ainda tive direito a ir um fim-de-semana até vila moura namorar, mas não sabia que era suposto ser o último fim-de-semana  bonito da minha vida. Regressei ao hospital... Os dias eram quase todos iguais, as 7h30 tentavam-me tirar sangue, era picada dezenas de vezes sem sucesso, fazia um electrocardiograma, davam-me banho, chegava a minha mãe depois algumas visitas, o alfs ia dar-me o jantar, via todas as novelas, lia e sonhava, sonhava muito, era o que mantinha viva,  os meus sonhos...
Houve uma dia diferente, as 3 médicas de oncologia entraram nos cuidados intensivos, sentaram-se na minha cama e a conversa foi mais ou menos assim:"Sandra já temos os resultados da biopsia, a massa que foi retirada, voltou e cresceu, o ventrículo direito já esta praticamente coberto por essa massa...Então e agora (perguntei eu)O que tu tens chama-se Sarcoma é um tipo de tumor maligno... Fiquei fria, a única coisa que perguntei foi: vou morrer não é?Ao que a Drª Ana D'el Rio respondeu: sim vais, tal como nós, todos morremos um dia, mas ninguém sabe quando. E pela primeira vez em anos (pois já me conhecia desde os 19), agarrou a minha mão e disse:  Sandrinha nós estamos aqui, estamos a estudar qual vai ser o melhor tratamento, para já iras fazer um ciclo de quimioterapia e poderá haver a hipótese de um transplante, mas ainda é muito vago, blablablabla...Deixei de ouvir... Um bocadinho de mim tinha acabo de morrer, afinal estava a morrer aos poucos, pensava eu...Nesse dia só me lembro de chorar, não falei com ninguém, as enfermeiras estavam preocupadas pois em tanto tempo aquele foi o primeiro dia que ninguém me viu sorrir. Queria tanto dormir, por favor deixem-me dormir... e não me lembro de mais nada  desse dia.Agora tinha a certeza que tudo poderia ser pela ultima vez, lembro-me que nos dias seguintes, olhei para a minha mãe e achei-a lindíssima, a voz dela entrava no meu coração e fazia-o bater, foi então que prometi a mim mesma que não ia morrer, tinha uma família que precisava de mim, tinha um namorado lindo e que esperava por mim, e tinha os meus sonhos para realizar.
No dia 5 de Dezembro de 2001 o milagre aconteceu e o meu anjo da guarda, Professor Fragata cumpriu a promessa, ele disse-me que acreditava em mim e no meu sorriso, quando fechei os olhos, lembro-me dele com a touca na cabeça muito perto de mim, lembro-me que falei da minha mãe e lembro-me que não tive medo, fechei os olhos com a certeza que tudo ia correr bem. 
Transplante cardíaco - o inicio de uma vida nova A operação demorou cerca de 3 horas, penso que as piores da vida da minha família. Quando acordei estava num "aquário" rodeada de máquinas, com pessoas mascaradas a olhar para mim... puf... apaguei outra vez. Passei 9 dias nesse tal aquário, a aprender a andar, a comer, a tomar 60 comprimidos diários, enfim, a aprender uma nova vida. Lembro-me especialmente do dia em que me conheci, mandaram-me ir tomar banho ao fundo do corredor, e lá ia eu toda orgulhosa, pois todas as pessoas que passavam por mim, me cumprimentavam e ficavam felizes por me verem a andar por ali fora. Entrei na w.c, mas ops estava ocupada, dei uns passitos para trás e pedi desculpa, mas... a porta não estava fechada e tinha sido eu  a acender a luz... voltei lá, bati a porta e ninguém respondeu... entrei novamente... e assustei-me, a pessoa que tinha visto era eu... entrei, fechei a porta, olhei-me durante um bocado, despi-me a olhar para o espelho, chorei muito, o meu corpo, a minha cara, não me pertenciam... entrei na banheira e a agua limpou-me a alma, fiquei calma... sai da banheira, olhei para mim nos olhos, sorri, dei beijos nos meus braços e nas minhas mãos, passei com as mãos na cara e prometi que nunca mais me ia tratar mal, claro que aquele era o meu corpo, disse alto: amo-te Sandra e vou ser muito feliz. Sai da w.c com um grande sorriso, os médicos estavam a espera da minha reacção, mas viram que nada me ia derrubar, foi então que tive a noticia que ia para casa. 
 Regresso a casa...
 Foi estranho, desejei tanto aquele momento e estava com tanto medo, a menina forte, estava pequenina. Enganei-me na primeira toma de medicação, entrei em pânico, chorei muito agarrada ao Alfredo, disse-lhe que tinha medo de tudo e que se calhar era melhor voltar para o hospital, lá sentia-me segura. Telefonamos para o Dr Rui Soares ele tranquilizou-nos, afinal ate era normal me ter enganado e não era um medicamento que me fizesse mal. Os dias foram passando, fui ganhando forças e passado um mês já ficava sozinha em casa até o Alfredo chegar. Tudo era difícil, pois eu não tinha muita força, não tinha equilibrio... Todos os dias passava uma barreira, sentia-me viva, era bom. 
As fases a partir dai foram mais que muitas, pois o Amor da minha vida, foi-se embora. Lembro-me de passar uns dias na cama a desejar ter morrido, mas no fundo compreendia o que se tinha passado com ele, tinha sido ele a aguentar a maior pressão, visto que os meus pais não tinham cabeça para nada, o Alfredo teve que fazer durante meses de namorado, pai e mãe; viu a namorada a transformar-se num "monstrinho" de 80 kg, careca, cheia de borbulhas, viu as piores fazes da minha doença, foi ele que me rapou o cabelo, era ele que me agarrava para eu vomitar, era a ele que eu  dizia que tinha medo de morrer... Como eu o percebi... No fundo quando me viu a caminhar sozinha, quis respirar um pouco.Tive nessa altura os "meus irmãos" ao meu lado dia e noite, a  Fátima e o Óscar fizeram-me ter forças para lutar outra vez, não pelo Alfredo mas por mim, pela vida fantástica que eu tinha pela frente. Desde então vivo ou tento viver a saborear cada momento, a tirar prazer das mais pequenas coisas, a aprender todos os dias coisas novas... Vivo... 
Hoje é dia 21 de Maio de 2009, sinto-me linda, tive um dia de trabalho muito preenchido, fui ao ginásio, jantei uma sopa no café da praça, olhei para o "xis" (uma espécie de amante, amigo ou lá o que é :)  ) e sinto-me a pessoa com mais sorte do mundo. Ora aqui esta uma das formas que arranjei para transformar os meus medos e as minhas tristezas em alegrias, lembro-me do meu passado e ganho força para enfrentar o mundo. 
Um dia destes volto, ainda tenho tanta coisa para contar... A minha vida é tão preenchida e tão cheia de emoções... tantas aventuras, amores, desilusões... 
A vida só vale a pena se for vivida com intensidade, com paixão. 

Sandra Canha